• Selo 25 anos
  • ODS
  • banner denuncie corrupção
  • Fale com o ouvidor

Notícias (Antigas)

17/10/2017

Paraná já tem 160 cidades com orientação técnica para Plano de Arborização

As cidades paranaenses estão plantando mais árvores nas ruas, com critérios técnicos, espécies indicadas e sem interferência na fiação elétrica. A presença de árvores melhora a qualidade de vida das pessoas e contribui para valorizar imóveis. De acordo com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano (SEDU), nos últimos anos, cerca de 160 municípios executaram planos de arborização urbana. “Este é um Programa de Governo, sob parcerias, que traz excelentes resultados, inclusive para o controle climático”, atesta o secretário da SEDU, João Carlos Ortega.

Os gestores destas cidades passaram pela capacitação ofertada pelo Governo do Estado, desde 2012, para planejar e fazer a arborização. Cerca de 270 profissionais já participaram do curso, que foi concebido e e ministrado pela Secretaria do Desenvolvimento Urbano, em parceria com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Copel e o Ministério Público do Paraná.

Toledo, na região Oeste, é um exemplo. O município conta com mais de 106 mil árvores, de 93 espécies diferentes. Paulo Jorge Silva de Oliveira, engenheiro florestal daquela Prefeitura, explica que depois da execução do plano, foi feito o plantio de cerca de 15 mil novas árvores, tudo de acordo com as características de cada bairro, a convivência com a fiação elétrica e respeitando a escolha de espécies mais indicadas a cada local e situação.

No município havia mais de seis mil árvores da espécie Falsa Murta, não indicada para a arborização urbana porque pode causar alergia nas pessoas. Depois do plano, cerca de 2 mil árvores de Falsa Murta já foram substituídas.

“O apoio do Estado foi fundamental para conscientizar os municípios sobre a importância da arborização”, afirma Paulo Jorge Silva de Oliveira. “No curso a gente se inteirou não só da legislação, mas também das vantagens que a arborização urbana proporciona. Toledo está avançando e os benefícios já são sentidos pela população, desde o controle térmico e o embelezamento da cidade, até a valorização dos imóveis”, afirma o engenheiro florestal.

Ele contou que, em 2012, foi feito um levantamento técnico e constatou-se que a arborização era muito pequena em Toledo. Com o plano, houve avanços significativos, tanto nas espécies plantadas como no aumento da área com árvores, inclusive em loteamentos.

CENÁRIO URBANO - A presença de árvores nas cidades traz benefícios estéticos, contribuindo para o cenário urbano, para amenizar microclimas, reduzir a poluição, interceptar a água da chuva, além de servir de refúgio para a fauna. Há também benefício socioeconômico, com a valorização de imóveis.

Para o engenheiro florestal José Volnei Bisognin, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), um dos ministrantes do curso, para que essas vantagens se concretizem é preciso planejamento, já que a arborização mal feita pode trazer uma série de problemas para os municípios.

“A arborização de vias, quando mal planejada, pode acarretar a dificuldade de circulação de pessoas, o entupimento de encanamentos pluviais, problemas na fiação elétrica e na segurança. O plano é um levantamento completo das espécies adequadas, o que tem que ser retirado, o que tem de ser plantado, onde e como isso deve ser feito”, explica.

CONSCIENTIZAÇÃO - Em Maripá, também na Região Oeste, o avanço com a execução do plano pode ser sentido na própria conscientização das pessoas. O engenheiro florestal da prefeitura, Max Roger Ludtke, diz que na cidade existem mais de 4 mil árvores plantadas e que, após o plano, cerca de 500 espécies já foram readequadas.

“O apoio do Estado foi essencial para que a gente pudesse ter uma visão melhor na parte de inventário florestal, em relação ao tamanho e diversidade das espécies, arborização nas avenidas, aos afastamentos do meio-fio e sinalização. Além disso, a cidade está muito mais bonita e colorida, já que é tradição, aqui, plantar mudas de orquídeas em cada árvore”, disse ele.

“A presença das árvores reflete na qualidade de vida de quem mora na cidade. As árvores proporcionam bem-estar, sombreamento e diminuição da temperatura, proteção do vento, amortecimento da poluição sonora e preservação da fauna”, afirma.

ESPÉCIES NATIVAS - Campo Mourão, no Centro-Oeste, também já protocolou seu plano de arborização urbana. De acordo com Eber Romanczuk, técnico agrícola da Prefeitura, o projeto foi elaborado dentro das normas ambientais, priorizando espécies nativas com resistência as condições climáticas da região, como Pitanga, Ipê Amarelo, Canela e Escovas de Garrafa. Já está acontecendo a substituição de árvores mais velhas e inadequadas, em toda a cidade. No município há cerca de 27 mil árvores.

“O Plano nos ajudou a ter uma noção melhor do que se deve e onde se deve plantar. Antigamente isso era feito de qualquer jeito e acarretava inúmeros problemas. Hoje, temos essa ferramenta em mãos, para inclusive, argumentar com a população sobre os motivos dessas mudanças na cidade”, ressalta.

MUDAS - Além da capacitação, a Copel contribui com a plantação de árvores nas cidades. Nos últimos 10 anos, o Programa Florestas Urbanas já plantou 40 mil mudas de árvores nos municípios atendidos pela Companhia. O programa inclui ações feitas pela Copel em conjunto com Prefeituras.

(Com a Agência Estadual de Notícias)

Recomendar esta notícia via e-mail:

Campos com (*) são obrigatórios.