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Notícias (Antigas)

09/07/2012

Estado poderá contar com mais R$ 600 milhões para financiar municípios

Os municípios paranaenses poderão contar, nos próximos meses, com mais R$ 600 milhões em recursos para financiar obras de infraestrutura urbana. O montante está sendo viabilizado por meio de um empréstimo que o Serviço Social Autônomo Paranacidade, órgão vinculado à Sedu (Secretaria do Desenvolvimento Urbano), pleiteia junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O objetivo é fortalecer o FDU (Fundo de Desenvolvimento Urbano), recurso rotativo alimentado pelo pagamento que os municípios fazem dos financiamentos. O fundo é administrado pela Sedu/Paranacidade, tendo a Fomento Paraná como agente financeiro.

“Somente nos últimos 12 meses, emprestamos cerca de R$ 200 milhões, mas temos uma demanda, calculada de acordo com a capacidade de endividamento dos municípios, que gira em torno de R$ 2 bilhões. No entanto, o FDU possui, atualmente, 10% desse valor em recursos para serem financiados. É uma conta que não bate, por isso a necessidade desse aporte financeiro”, destacou o secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano, Cezar Silvestri.

De acordo com o superintendente executivo do Paranacidade, Wellington Dalmaz, está sendo criado um terceiro programa de financiamento, o Paraná Urbano 3, para contrair o empréstimo, fortalecer o FDU e ter um montante maior de recursos para aos municípios. “O programa terá US$ 300 milhões, sendo 50% oriundos do BID e 50% de contrapartida do Governo do Estado”, detalhou.

Foi realizada uma série de reuniões para viabilizar a negociação. Em agosto, acontecerá a primeira visita dos agentes do BID ao Paranacidade. “Já fizemos uma reunião em Brasília para apresentar o nosso trabalho. Mostramos a demanda dos municípios e uma projeção futura de investimentos. Depois dessa missão, temos que preparar um documento para enviar a Washington, e dar prosseguimento aos trâmites”, explicou o coordenador de estudos de capitação de recursos do Paranacidade, Alexandre Simas.

SUSTENTABILIDADE - Conforme destacou Wellington Dalmaz, caso aprovado o aporte financeiro, os projetos financiados aos municípios com esse recurso terão alguns diferenciais. “Temos um pensamento, que veio ao encontro dos interesses do BID, de incentivar a construção de obras sustentáveis. Daremos prioridade a projetos sustentáveis e edifícios verdes com certificado. Existem alguns institutos internacionais que avaliam essas obras, e estamos estudando qual aderir para que eles possam conceder os certificados”,complementou.

Além disso, de acordo com Simas, também deverão mudar os critérios de avaliação dos projetos. “Os nossos programas, hoje, estão atendendo de forma pontual os municípios. Ainda não estamos levando em consideração o impacto das obras na arrecadação fiscal ou, então, no que os investimentos devem trazer de benefícios para a região. O BID quer que nos concentremos em projetos de desenvolvimento regional, que tenham impacto não em um único município, mas em uma região inteira”, concluiu.

Para Dalmaz, a experiência que o instituto possui e o seu bom relacionamento com o BID, do qual já é parceiro, estão sendo decisivos no processo de para obtenção dos recursos. “Os dois programas de financiamento que o Paranacidade possui são reconhecidos e até recomendados pelo BID para outros estados do Brasil e países do mundo. O Paraná Urbano 3, que está sendo analisado pelo banco, já tem indicativos de sucesso”, concluiu.
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