• Selo 25 anos
  • ODS
  • banner denuncie corrupção
  • Fale com o ouvidor

Notícias (Antigas)

16/02/2016

Gestão de Riscos Urbanos instiga questionamentos em Curso de Pós-Graduação Franco-Brasileiro

A formação profissional de gestores e técnicos de nível superior dos municípios do Paraná, e de instituições dedicadas ao desenvolvimento sustentável das cidades é o ponto central do “Curso de Pós-Graduação Franco-Brasileiro em Sustentabilidade do Território Urbano Paranaense” que acontece nesta semana no auditório da Secretaria do Desenvolvimento Urbano e do Serviço Social Autônomo (SEDU/Paranacidade). O Ateliê-projeto é sobre “Gestão de Riscos Urbanos” o que levanta questionamentos, investigações e dúvidas, sobre o foco principal, entre os profissionais que dele participam. Nesta manhã, eles se reuniram em grupos para tentarem limitar o tema do case escolhido como laboratório de estudo: a Vila Margarida, no bairro Afonso Pena, em São José dos Pinhais, que tem diversos problemas com enchentes e, ainda, ocorre em um espaço de segurança nacional.

Na tarde desta terça-feira, 16, o diretor de Recursos Hídricos do Instituto Águas do Paraná, Edson Manassés, falou sobre a missão da instituição e sobre o impacto das enchentes em todo o Estado. Para isto, discorreu sobre as causas das mudanças climáticas no Planeta e as alterações cíclicas ocorridas no Eixo da Terra e, em especial, sobre o efeito estufa na atmosfera, causado pela queima de combustíveis fósseis. Ele ainda falou sobre os impactos das mudanças climáticas no Brasil, “Os resultados são distintos em cada região do País, ora enchentes, ora calor exorbitante e seca com falta de água”, mostrou aos presentes.

BRINCAR DE DEUS
- Na parte da tarde, o professor-doutor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), Clóvis Ultramari, orientador de dissertações de mestrado e teses de doutorado sobre ‘Riscos’, mostrou a abordagem do assunto pela academia. Mas também discorreu sobre o histórico e o entendimento dos desastres naturais que ocorriam e ocorrem no mundo. Os primeiros entendimentos deram base a teorias. Uma delas era baseada na religião “como castigo de Deus”, e a outra na própria ocorrência da natureza. Ultramari falou sobre os acidentes naturais e a capacidade do homem em dar respostas nas diversas regiões brasileiras, até o surgimento das leis de uso do solo.

Leis que impedem a ocupação desordenada ou de áreas de risco, além da preservação ambiental. O professor ainda destacou os instrumentos existentes no País para se trabalhar a ocupação do solo. “O planejamento no Brasil mudou ao longo dos anos. Deixou de ser baseado em técnica para adotar a questão do interesse social. Era como brincar de Deus. Foram muitas as invasões e hoje pagamos um custo muito alto. Devemos entender que a questão habitacional deve exigir muito rigor”, destacou.

O curso, promovido pelo Serviço Social Autônomo – Paranacidade -, em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Urbano (SEDU), com a Universidade Livre do Meio Ambiente – UNILIVRE -, com a Universidade de Tecnologia de Compiège – UTC e a L’Alliance -, formada pelas Escolas de Engenharia, Administração e Arquitetura de Nantes – França -, mais Fomento Paraná, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e Caixa Econômica Federal, teve início em outubro de 2015 e prossegue neste ano.

O diretor da Câmara França-Brasil e coordenador da formação em sustentabilidade urbana, Carlos Sérgio Asinelli se diz satisfeito com o resultado do curso, pois instiga na busca de soluções reais. O professor doutor Gilles Hubert, da Université Paris-Est Marne-la-Vallée, especialista em meio ambiente e riscos urbanos, tem o apoio da tradutora Laura Pereira. Entre os participantes há engenheiros, arquitetos, técnicos superiores, agentes e dirigentes de instituições ou empresas de desenvolvimento ou de serviços urbanos.

Da programação desta semana há "intervenções", ou seja, aulas e conversas com secretários, diretores e professores, que farão apresentações sobre o tema e o estudo de caso, visitas técnicas às áreas do “case”, além de trabalhos em grupo.
Recomendar esta notícia via e-mail:

Campos com (*) são obrigatórios.