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Notícias (Antigas)

18/03/2016

Curso de Pós-Graduação Franco-Brasileiro apresenta o “Projeto Caminho das Águas” como parte da solução às enchentes em São José dos Pinhais

Divididos em grupos, mas para pensarem juntos em trabalhos teóricos e práticos, em duas semanas, os participantes do Curso de Pós-Graduação Franco-Brasileiro em Sustentabilidade do Território Urbano Paranaense apresentaram a primeira parte de um diagnóstico para solução de problemas de enchentes em locais pontuais de São José dos Pinhais: o “Projeto Caminho das Águas”. O projeto aponta para um trabalho conjunto entre os Poderes Municipal, Estadual, Federal, Infraero e sociedade organizada na busca de soluções sustentáveis e com economia de recursos para todos. A proposta inclui, ainda, o compartilhamento de informações entre todos, em especial, com a Defesa Civil. No próximo dia 11, o curso retorna com um novo módulo: “Mobilidade Urbana”.

Já, nesta segunda fase do Ateliê-Projeto sobre “Gestão dos Riscos Urbanos”, as aulas recomeçaram na manhã de segunda-feira, 14, e terminaram na tarde desta sexta-feira, 18, no auditório do prédio da Secretaria do Desenvolvimento Urbano (SEDU). O estudo prático deste módulo recai sobre a realidade de recentes alagamentos ocorridos na Vila Margarida; na área onde inicia o Canal fechado do Rio Ressaca; e na ocupação irregular no final da rua Marechal Hermes, onde será feito um trabalho preventivo, em São José dos Pinhais.

MAIS SUGESTÕES
- Entre as propostas dos grupos de estudo também há a sugestão de uma fiscalização mais rigorosa sobre o uso de solo, como a proibição de novas obras em torno do aeroporto de São José dos Pinhais, para evitar prejuízos a todos. Quando todo o trabalho ficar pronto, serão entregues cópias aos protagonistas e responsáveis pelas áreas afetadas, para a concretização de soluções, como parte de um Plano Integrado de Saneamento Ambiental. Nesta semana, todos foram visitar os locais de estudo e se reuniram com representantes da Infraero, no Aeroporto Afonso Pena, onde também serão realizadas obras.

Entre as conclusões, está a certeza de que o solo do aeroporto é impermeável, pois não absorve as águas das chuvas. Daí a necessidade de intervenções com soluções para que a água possa ser absorvida e escoada. O primeiro grupo pediu a busca de soluções geodésicas. Já, o segundo grupo apresentou um estudo sobre a incidência das chuvas no local, com a busca do caminho natural das águas e das soluções de drenagem do solo.

O terceiro grupo fez pesquisas sobre a legislação que deve ser respeitada na realização deste trabalho. Foram relacionadas as Leis: 6.766/79, de Uso e Ocupação de Solo; 9.433/97, de Recursos Hídricos; 10.257/2001, do Estatuto da Cidade; 11.445/2007, de Saneamento Básico; 12.608/2012, de Proteção e Defesa Civil; 1.972/2012, Plano Diretor; 10.257/2001, Cadastro Nacional de Municípios; e a Constituição Federal de 1988. “Nenhum ato pode ser realizado sem o respeito às Leis”, enfatizou, mais uma vez, o diretor da Câmara França-Brasil e coordenador da formação em sustentabilidade urbana, Carlos Sérgio Asinelli.

Promovido pelo Serviço Social Autônomo – Paranacidade -, em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Urbano (SEDU), com a Universidade Livre do Meio Ambiente – UNILIVRE -, com a Universidade de Tecnologia de Compiège – UTC e a L’Alliance -, formada pelas Escolas de Engenharia, Administração e Arquitetura de Nantes – França -, mais Fomento Paraná e Caixa Econômica Federal, o Curso de Pós-Graduação teve início em outubro de 2015, tendo como foco a formação profissional dos gestores e técnicos superiores dos municípios e instituições dedicadas ao desenvolvimento sustentável das cidades do Paraná.

Carlos Sérgio Asinelli acompanha os trabalhos realizados no ateliê, sob a orientação do professor doutor Gilles Hubert, da Université Paris-Est Marne-la-Vallée, especialista em meio ambiente e riscos urbanos. Em todas as ocasiões ele é traduzido por Laura Pereira. Entre os participantes estão engenheiros, arquitetos, técnicos superiores, agentes e dirigentes de instituições ou empresas de desenvolvimento ou de serviços urbanos.

“Foram duas semanas de trabalho produtivo, muito rico, com a participação efetiva de todos, alunos e parceiros que o implementaram com soluções que vão das mais simples até as mais complexas. O desafio do desenvolvimento sustentável é quebrar barreiras e fazer todos pensarem e refletirem na busca do bem comum”, disse o professor Gilles Hubert. Ele elogiou a facilidade com que todos puderam realizar o trabalho de campo, com acesso livre pelo interesse na busca de soluções por todos os protagonistas. “Na França, seria bem mais difícil”, resumiu. Lembrou, ainda, que em Curitiba, no Paraná, são realizados há décadas ações para o desenvolvimento sustentável, o que facilita tudo.

“Após a entrega do resultado do trabalho, vamos ver se será guardado em um armário, alguma gaveta, ou será valorizado sendo colocado em prática. É uma enorme responsabilidade e para isto será necessário despertar o interesse da sociedade”, desafiou os presentes. Entre eles, estavam representantes da própria Infraero, da Caixa Econômica Federal, do executivo do município de São José dos Pinhais, da SEDU/Paranacidade, da Fomento Paraná e do Centro de Estudos e Pesquisas e Desastres da Defesa Civil do Governo do Paraná.
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