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Notícias (Antigas)

09/10/2016

Hackathon Paraná 2016 transforma a máquina pública em universo “geek” e se repete em 2017 com inovações no serviço público

O Hackathon Paraná 2016 terminou na tarde deste domingo, 09, nas dependências da Secretaria do Desenvolvimento Urbano e do Serviço Social Autônomo (SEDU/Paranacidade) com a premiação de duas equipes: a Caps e a Mobi Dataminer. Ambas chamaram a atenção da Comissão Julgadora por fatores determinantes. A primeira, pela inovação e aproveitamento da inteligência artificial e, ainda, por utilizarem uma figura curitibana como marca do projeto, uma capivarinha. A segunda, pelo brilhantismo de aplicarem ferramentas complexas de maneira simples e fácil. CEO da Ravel Tecnologia e mentor do Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul – ITESCS / SP -, Benício José de Oliveira Filho, disse que este foi o fim de semana em que a máquina pública se transformou em universo “geek” ou “nerd”. Diante do sucesso e do sentimento antecipado de saudades, após anunciar os vencedores e os prêmios, o secretário da SEDU, Ratinho Junior, fez um anúncio. “Podem se preparar para voltar aqui. Teremos o próximo Hackathon Paraná 2017, em julho”, adiantou, sob aplausos e comemorações.

Ratinho Junior cumprimentou os vencedores e disse que mesmo os que não foram premiados apresentaram excelentes ideias e poderão ser contatados pelos técnicos da SEDU e Paranacidade para novas conversas. Ele cumprimentou também a cada um dos participantes, da equipe e dos apoiadores. “Desde que decidimos fazer o Hackathon, há três meses, todos trabalham com afinco para o sucesso do evento. Eu agradeço a todos, a cada profissional, em todos os escalões da nossa equipe, dos parceiros, empresários, mentores, universidades, voluntários, enfim a todos os participantes deste Hackathon, pelo enorme empenho”, destacou.

MIMOS - Concorrentes, mentores, apoiadores e voluntários elogiaram a realização do evento, em especial, por ser dentro do espaço da administração pública do Paraná. Foi possível ver e registrar a explosão de ideias e criatividade de cada uma das 11 equipes que apresentou o resultado do trabalho realizado neste fim de semana. “Fomos muito bem tratados, mimados, mesmo. Mas foram muitas horas de trabalho, pouco descanso e muita massa cinzenta e criatividade. Foi uma honra participar deste Hackathon Paraná 2016 e pensar em alternativas para melhorar a vida em nossa cidade. É um privilégio e eu quero voltar em 2017”, disse, emocionada, Ana Bittencourt, a única jovem premiada. Os demais, nas duas equipes, só rapazes.

Também não passou despercebida “a paixão de cada integrante do Hackathon e desta nova visão do Poder Público, que abre as portas ao mundo acadêmico, aos jovens e aos mais experientes, como mentores”, comentavam pelos corredores. A iniciativa trazida, da Coreia, por Ratinho Junior e pelo deputado estadual, Guto Silva, sensibilizou inclusive empresários, que colaboraram com a alimentação, sucos e refrigerantes para alimentar todos os participantes. Um dos exemplos foi o da empresa “Hambúrguer na Festa”, comandada pelos primos Rolim: Moroni, Walter e Fernanda. Eles prepararam dezenas de hambúrgueres pessoalmente e dispensaram qualquer possibilidade de lucro. “Foi a preço de custo e pago por outro apoiador do evento”, disse Moroni Rolim. Além deles, o Restaurante Nosso Japa forneceu yakissobas e a Body Builder Healthy Meals, as pizzas.

SOLUÇÕES EFETIVAS - Ratinho Junior enfatizou a oportunidade de abrir espaços de interação para a comunidade ajudar a pensar e a buscar soluções efetivas aos problemas da cidade, com serviços públicos de qualidade e mais baratos. Da mesma maneira entende o coordenador executivo do Conselho Estadual de Informação e Telecomunicações Paraná da Celepar, Mauro Sorgenfrei. “São jovens interagindo com o setor público e trazendo ideias práticas que poderão ser usadas no futuro pelo próprio Governo do Paraná”, destacou. E a consultora do SEBRAE, Yara Lúcia de Menezes Garcia, concluiu: “eles trazem, do mundo acadêmico, tecnologias inovadoras, inteligentes e sedutoras”.

OS PREMIADOS - A Caps, que ganhou o primeiro lugar, criou um aplicativo em que o cidadão que vai usar o transporte público conversa com um robô, na figura de uma capivara, e esta lhe indica como a pessoa pode chegar a determinado local. De uma forma casual e impessoal, a conversa ocorre em uma espécie de “chat” com a capivara, que dá dicas, inclusive alertando para o uso de um casaco, pois “a temperatura da cidade está fria”.

Já a equipe Mobi Dataminer, que recebeu o segundo prêmio, utilizou aplicativos chamados “beacons”, que possuem inúmeras utilidades, para serem instaladas dentro dos ônibus, nos terminais e tubos. Cada vez que o cidadão passa por um desses “beacons”, o Bluetooth do celular é automaticamente ligado, gerando informação sobre a lotação, tempo de espera e os deslocamentos dos ônibus.

Da Comissão Julgadora, Benício José de Oliveira Filho e Thiago Y. Matsumoto acreditam que a equipe Caps foi a vencedora pela capacidade de inovar. Entre os destaques, estão a interface de inteligência artificial utilizada, bem como a figura da Capivara, que tem a capacidade de personificar e atrair o público.

Além disso, a ferramenta tem a capacidade de interagir com as pessoas e trata de um ponto importante, que é a questão da acessibilidade, ou seja, pessoas com deficiência visual e auditiva também podem utilizar o aplicativo.
Matsumoto enfatizou também a interação da equipe. Ela já veio formada para o Hackathon Paraná 2016 e isto foi muito importante. "Desde o primeiro momento eu senti a energia da equipe muito boa. E isso é muito importante durante todo o processo, inclusive nos “pitch” (momentos de paradas e impulsos para apresentações). Este entrosamento lhes permitiu formarem uma equipe competente. O que, com certeza, ajudou para chegarem à vitória", afirmou.
 
Enquanto a equipe vencedora apresentou uma evolução, a segunda mostrou o uso de uma solução simples para algo complexo. O destaque da equipe Mobi Dataminer foi pelo cenário de aplicar a tecnologia da Internet, de uma maneira que não necessita de muito engajamento público, pois é automático. O engajamento, aliás, foi um dos pontos mais questionados pelos jurados.

“Esta solução é interessante, porque a aplicação é de baixo custo, de uso fácil e gera um grande impacto na população. O melhor dos mundos, seria aproveitar as duas melhores soluções apresentadas pelas duas equipes e juntar em uma só", afirmou Oliveira Filho.

Para ele, o engajamento de todos foi destaque. “O engajamento do pessoal do SEBRAE, das mentorias, dos concorrentes foi super legal. Todos mantiveram o ambiente agradável e bem humorado, com uma interação bacana”, disse. Outro detalhe apontado no evento foi “a civilidade, a educação e o excelente comportamento de todos os jovens confinador por quase 30 horas em um fim de semana”, disse o arquiteto, assessor técnico de Planejamento do Paranacidade, Giancarlo Rocco, que também faz parte da equipe de organizadores do Hackathon Paraná 2016.

AS EQUIPES VENCEDORAS - Da Caps, que recebeu o 1º prêmio, fizeram parte: Bruno Vieira de Lima; Ana Bittencourt Vidigal; Daniel Gustavo Veiga e Ian Cheberle. Da Mobi Dataminer, que recebeu o 2º lugar, estavam: Leonardo de Angelis; Igor Melech Koubetch; Willian Teleginski e Diogo Nogueira Knop.

Todos os integrantes das 11 equipes receberam Troféus. Mas o Diploma de Vencedor do Hackathon Paraná 2016 foi para o 1º lugar. Também ganharam um voucher de treinamento no Centro Europeu, com o qual cada integrante poderá escolher um curso de seu interesse existente nesta relação: Criação de Aplicativos; Criação de Jogos; Design Thinking; Produção de Conteúdos & Mídias Digitais; Empreendedorismo; ou Idiomas (Inglês, Francês, Alemão, Italiano ou Espanhol).

Sendo do interesse dos integrantes da equipe, eles podem dar continuidade ao projeto e ocupar vagas para participarem do programa de mentorias para startups da UniStart. E, ainda, ganharam cessão de créditos de até 120 mil dólares, no ano, para consumo de tecnologia IBM disponível na nuvem através do Global Entrepreneur Program (GEP).
Os integrantes da equipe que recebeu o segundo lugar receberam kits de todos os patrocinadores.

COMISSÃO JULGADORA - A Comissão Julgadora foi composta pelos seguintes especialistas: CEO da Ravel Tecnologia, mentor e investidor de Startups, Benício José Filho; diretor de Inovação e Empreendedorismo do Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul (SP), mentor e investidor em Startups, Thiago Matsumoto; coordenador executivo do Conselho Estadual de Informação e Telecomunicação do Estado do Paraná, Mauro Sorgenfrei; assessor técnico da Presidência da COMEC, Cláudio Menna; professor da Faculdade Dom Bosco, Faesp e Instituto de Ciência, Educação e Tecnologia, Marcos Teodoro Scheremeta; diretor executivo no Brasil do Founder Institute, Nima Kazerdoni; analistas de Desenvolvimento Municipal do Paranacidade, Fernando Caetano e Evemar Wernick.



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